terça-feira, 22 de maio de 2012

A tala de gesso


1ª consulta: O médico modifica novamente as pomadas já receitadas em diversas idas e vindas e para acrescentar ainda receita "Tramal", que é a base de morfina, para as horríveis dores, que minha mãe já sentia, tornando-a dopada somente, mas sem efeito algum, para as dores.
 

2ª consulta: Nenhuma melhora, porém o médico que estava encarregado desse tratamento, dizia que realmente era demorado, mas não víamos nenhuma melhora se quer.

3ª consulta: O médico resolveu forçar uma cicatrização, fazendo uma cirurgia. Detalhe: Deu 5 ou 6 pontos em um ferimento totalmente inflamado. 
Todo o sofrimento desse procedimento demorou somente 1 hora, para que os pontos estourassem e retornamos naquele mesmo dia ao hospital, pois não sabíamos mais o que fazer e fomos atendidas a noite, onde nenhum médico ali presentes, de plantão, tentou fazer nada. Somente abriram o curativo, olharam o ferimento e fecharam com um novo curativo novamente, dizendo que somente o médico responsável poderia fazer alguma coisa, mas que não tinha importância, que os pontos estouraram e que aguardássemos a próxima consulta na semana seguinte, com o médico responsável.

4ª consulta: O médico resolveu mobilizar  do joelho até o pé, solicitando que fossemos com um encaminhamento até o pronto-socorro, fazer uma tala de gesso e enfaixar.

Conseguimos ser atendidas 3 horas depois, isso porque uma enfermeira chefe resolveu intervir em nosso auxílio, porque pela fisionomia dela, esse procedimento não parecia ser o correto, para ela.
Solicitou a 3 médicos que dessem seus pareceres... Um deles novamente, o plantonista que havia dito que o problema de minha mãe era de varizes e queria que fosse ao consultório dele.


Conclusão:  todos olharam, fotografaram, nada fizeram, que impedissem esse procedimento da tala de gesso e após todo esse tempo, fizeram o que o "especialista" encaminhou a fazer. Deixando somente um buraco na faixa, na altura do tornozelo, no ferimento, onde os curativos eram feitos.
O gesso ficou totalmente frouxo, retornamos ao hospital.
Por uma segunda vez atendida por outro gessista, nessa ocasião mulher, que também não estava de acordo com o procedimento do médico responsável, acabando também por fazer o que ele indicou: serrar o gesso, pois os dedos de minha mãe começaram a inchar, devido o movimento frouxo, do gesso colocado e o incomodo que estava gerando, fazendo também com que o local engessado, inteiro, começasse a inchar. (inchado causado, por mais uma inflamação).


O comentário da gessista, ao médico responsável que estava presente, para esse procedimento: 
-Eu já disse para o Dr. que, não acho esse procedimento correto. A outra mulher que o Dr. mandou fazer este procedimento, por um acaso, retornou? Ela tem ido a suas consultas?
Resposta do médico:

- Não sei dela não, mas com certeza ela vai aparecer aqui com o pé pendurado...
Foram estas, exatamente as palavras, da gessista e do médico responsável.

Em menos de 1 semana, minha mãe parou de andar, começou usar muletas e logo após cadeira de rodas. O curativo da tala de gesso feriu mais um local: os pés.

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